terça-feira, julho 27

Confesso

Hoje eu quis pertencer a alguém,
desejo louco de gostar, cheirar, amar
um outro corpo que me peça, me complete.
Encontrar algo assim como eu.

Protgi, aconselhei e resisti, sempre isso.
Hoje busco uma mudança de realidade,
preciso quebrar essa rotina de sofrimento,
de lamúrias, de igualdade.

Me faço de diversas formas
Charmoso, fácil, bonito...
adapto-me a necessidade,
ao gosto do freguês

Já não vivo mais.
Tanta saudade, tanta frieza, tanta abstinência.
Medos e paradigmas afastam minhas vontades,
Não sou quem eu sou

Sou aquilo que minha coragem permite que eu seja.
Sou diversos.
Todos incompletos e infelizes,
uma farsa.

Conheço tão pouco de mim,
sei aquilo que engano, que finjo que sou
alimento o meu ego.
Pobre elo, ego perdido.

Vou regar o meu jardim, cultivá-lo
deixá-lo pronto, atraente
e partirei;
deixarei-o de herança para alguém...

Quem sabe quem....

Nenhum comentário: