domingo, agosto 1

Mais uma sobre mim

O quanto eu me conheço eu ainda não sei. Percebo que conforme cresço descubro partes de mim que até então eram desconhecidas, ou porque estavam escondidas ou por que tive que desenvolvê-las. Impossível saber qual prevalece, qual confere.


Sou adepto a liberdade, a polêmica, as coisas que fogem as regras. Gosto de viver e aprender. Gosto de me divertir.

Sofro em demasia, tenho alma poética, consigo transformar um olhar não correspondido em profunda depressão ou em um amor para a vida inteira. Sim, eu sou romântico, mas não demonstro, ou faço isso de forma errada. Não gosto de me sentir vulnerável, tenho medo, alias, tenho muitos medos. Medo de errar, de amar, de ser feliz... Medo de mudar e perder a minha essência, medo de não ser ninguém, de deixar a vida passar, medo de morrer, de sofrer, de ser derrotado...

Dou pouco valor as palavras ditas, palavras pouco valem, percebemos a honestidade e os sentimentos das pessoas através de seus atos. Não me limito a apenas um ‘gênero’. Permito-me a tudo. Tudo o que gosto, gosto por que já fiz, aquilo que não gosto só deu-se depois de ter passado pelo primeiro passo: FAZER!

Fazemos muito pouco, criamos conceitos antecipados demais. Vivemos muito pouco, perdemos oportunidades de felicidade.. e por falar em felicidade... Eis a essência da humanidade, todo mundo busca a sua. Vivemos em função disso, ser FELIZ. Pena que o que a vida nos oferece são apenas momentos felizes, nunca somos ou estamos felizes por completo, mas somos presenteados com breves e ilusórios instantes de alegria profunda e sincera. Podíamos alcançar nossa meta de forma mais eficiente se aceitássemos a beleza da vida, aquelas coisas simples, quase sem valor, sabem? É aquilo que realmente me importa! É aquilo que quero para mim... quero amar para sempre, ficar velho morar em uma casa confortável e passar as tardes de domingo em frente a lareira junto com alguém que comigo esteve e que me ajudou, alguém que me proporcionou momentos incríveis e belíssimos, inesquecíveis.

Enquanto isso eu me prendo a ficção, a tantos filmes de amor que passam por aí e que sempre, SEMPRE, me tiram lágrimas dos olhos e me deixam aquele pensamento vazio: “Por que não comigo?”

Não me importa o quão feliz ou infeliz uma pessoa pode ser, o que conta é o que ela faz em relação a isso. Não podemos ficar estáticos, parados. Deixar o mundo passar, as pessoas passarem, a vida passar. Por que a vida é isso, tudo passa, tudo vai, tudo acaba... mas ainda assim eu sonho com aquele amor, aquele amor sem fim, honesto e puro... Em pleno século XXI eu ainda sonho e torço para conseguir. Por que o amor é isso: a grande merda que aduba a vida.

Eis então uma questão que pode ser contraditória em meu texto: buscamos a felicidade ou o amor?

Como disse, tudo gira em torno daquela coisa engraçada e dona de uma magia exímia: FELICIDADE. Se não amamos não somos felizes. Nenhum homem é uma ilha, ninguém merece a solidão de viver só consigo mesmo. É essencial que saibamos e tenhamos momentos só nossos, precisamos conhecer nossos próprios desejos, reconhecer nossos erros, pensar sobre nossas vidas. Não conseguiremos nos mostrar se tivermos medo de nós mesmos. Eu já tive medo de mim, hoje não tenho mais, passou essa fase, gosto de mim, aprendi a me amar do jeito que sou e se eu não fosse eu, ia ter vontade de ser eu mesmo... Mas ainda assim, uma vida só comigo seria algo triste, incompleto. Procuro uma parte que complete o que falta em mim, que me torne perfeito, que torne dois, em um.

Eu acredito na magia, tanto que me apaixono todo dia, a todo o momento, a cada instante. Amo e amo tão profundamente que dói sofrer e amar tão facilmente. Amo sem medidas, sem receio e sofro, sofro calado um sofrimento momentâneo, mas que machuca, que marca. Me torno cada vez mais forte, mas amo sempre com um medo a mais.

Não desisto nunca, eu quero sempre mais!