domingo, junho 12

Eu não sei

Dos dias frios que se seguem
eu tiro apenas duas coisas:
a solidão e o marasmo.
A solidão dessa vida exclusiva e tão só,

Vida sem razão, sem emoção.
Marasmo que me consome, que me enche o peito
do tédio impregnante de cada dia,
de cada amanhecer, de cada ar, de cada tudo!

O cansaço dessa vida minha,
desse andar e suor de cada dia.
O cotidiano sangrento e turbulento
me esmagando, dilacerando, destruindo.

Morre dia-a-dia uma parte minha,
morrem as rosas?
Morre o meu ar, o meu lar,
Morre o meu ser, morre o meu eu.

O eu de hoje distinto do de ontem
e metamorfoseando-se para o futuro,
para o ali, o lá, o outrora.
Quem serei? Quem sou? O que fui?

Eu não sei, eu não sei, eu não sei.

2 comentários:

Maah disse...

Le adoro ler seu blog *-*

Nath disse...

Adoro aqui,adoro mesmo..